Apresentação
Nesta renovada imagem e filosofia do “atribulações”, fui convidado a continuar a colaboração e de uma forma mais activa. Aceitei o desafio e duas vezes por mês, pretendo aqui apresentar “posts”, nos quais procurarei transmitir uma visão pessoal sobre factos e acontecimentos que marcam, tanto a sociedade local, como a sociedade em geral. Não me considero com o dom da sabedoria, mas por certo irão perceber que procurarei transmitir uma observação, com uma visão diferente, da que estamos habituados.
Observador 1
Começo por trazer à blogosfera um assunto pelo qual me deixa algo incomodado, já que quem me conhece, sabe que estou directamente ligado ao ramo. Comunicação Social.
Se “observarmos” que existe um código deontológico, que como muitas outras “regras” em Portugal, é simplesmente esquecido na gaveta,reparo que hoje em dia, é apresentada uma extraordinária dose de frieza que me deixa alguma perplexidade quando se tratam assuntos que envolvem a vida humana.
É caso para perguntar, que “jornalistas” se estão a formar nas nossas Universidades?O mediatismo e concorrência que grassa nos nossos “media”, leva já a que demasiadas vezes, se ultrapasse a barreira do bom senso e da razoabilidade. Como exemplo, o caso que tem feito as manchetes dos últimos quatro meses. O caso Maddie.
Muito se tem dito sobre a actuação da nossa Policia Judiciária. Desde a falta de meios, à fuga de informação, nomeadamente para a imprensa Inglesa, que os investigadores vêm posteriormente desmentir, já que parece quase obrigatório todos os dias haver um facto novo que possa servir de manchete, tudo a bem do livre “jornalismo de investigação”.
Mas o que será o “Jornalismo de Investigação”, neste caso específico. Há uma investigação oficial a decorrer, e como a informação não é disponibilizada, procura-se tentar descobrir (quase como detectives) sabe-se lá o quê e para quê. Não estou a ver um jornalista a colher os louros, porque desvendou o caso, primeiro que as autoridades policiais.
Como é permitido que, por vezes prejudicando de uma forma possivelmente irremediável uma investigação, sejam divulgados factos e algumas suposições, tentando acertar, tipo “batalha naval”, quando o que está em causa é uma vida humana. Chega-se até ao ponto de jornalistas de Portugal e Inglaterra, procurarem a “caixa” (notícia em primeira mão), numa guerrilha surda entre países, que aniquilam toda a razão e bom senso.
Só o desvendar do caso poderá de uma vez por todas, acalmar as hostes, porque senão mais atropelos vão surgir. Mas a sociedade também tem culpa, porque confiam demasiado no jornalismo mediático que os especialistas “media” Ingleses, e os “media” Portugueses que vão na onda, nos apresentam diariamente, isto porque, cada noticia que surge, é logo um dado adquirido como verdadeiro nas bocas do povo. Até à próxima…
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