Da primeira Grande Guerra combatentes
Solidários com outros povos lutaram
Contra a opressão e sublimes derramaram
Seu sangue, destemidos, heróicos, valentes
.
Em terras do ultramar corações frementes
Valores do passado mais alto falaram
E sangue generoso a derramar voltaram
P'la Pátria, p'la honra, magnificentes
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Talvez no rei conquistador a meditar
Nuno Álvares Aljubarrota a ganhar
Gama e outros de ilustres gerações
.
Os peitos de orgulho lusitano arfando
Quem sabe se mesmo ufanos murmurando
Estrofes épicas dos Lusíadas de Camões
.
João M. Grazina (Jodro)
.
Concordo plenamente porque verdade nua e crua, com tudo o que o Sr. Coronel Mourato Talhinhas transmitiu para o papel, foi um desabafo a sofrer, tenho a certeza. Quando em actividade temos valor, muito ou pouco mas temos, depois, inactivos, arrumam-nos numa prateleira expostos ao pó que nem sequer têm o cuidado de limpar.
Por admiração aos que lutaram na Primeira Grande Guerra Mundial e na do Ultramar, dedico este poema que concebi emocionado.
"Jodro"
10 comentários:
Ao poeta Jodro o meu muito obrigado pelo seu brilhante poema que, segundo a sua versão, concebeu emocionado, e me fez emocionar.
Obrigado!
O poema está bem feito ...mas cheira um pouco a saudosismo quando fala em Ultramar pois os povos indigenas foram escravisados à força da Fé......gosto mais do livro ..."O Equador" de M.S.Tavares.
Poeta e amigo Jodro
Obrigado pelas suas palavras e por fazer o favor de me distinguir com a sua amizade.
Receba um abraço.
Todos temos muito respeito pelos antigos povos de língua portuguesa, Angola, Moçambique, Guiné, etc., pela luta que desenvolveram e que os levou à independência; lamentamos que essa independência não lhes tenha dado a qualidade de vida a que aspiravam, mas quando recuamos no tempo, quando queremos ler e interpretar a História de Portugal, não encontro outro termo para identificar aqueles territórios que não seja o de Ultramar.
A História não se altera, e não será por mudarmos os nomes às coisas, ou por escamotearmos, envergonhadamente, a realidade do nosso passado, que seremos mais progressistas do que aqueles que sendo-o, aceitam a História do seu País, exactamente, como ela é.
A Historia tem de ser analisada por quem a escreve e aquela que me ensinaram na escola � muito diferente daquilo a que na optica dos grandes historiadores classificam o Ultramar de Imperio Colonial Portugues com todas as suas virtudes e os seus defeitos.
Reino de Portugal e dos Algarves de Aquem e de Alem mar.........
No entanto respeito o Ultramar e as Provincias Ultramarinas--do Minho ao Algarve - at� Timor Lorosae.
Respeito tamb�m o conceito de que a
Ib�ria � dos Iberos; a Europa dos Europeus; a Africa dos Africanos...etc.
Parabens à selecção Lusitana que com esforço suor e lágrimas se apurou para o EURO 2008.
Se me permitem, apenas três visões sobre a História que podem ajudar a melhor interpretar o conceito de História, e objectivamente, a deste País á borda de água plantado…
- “O homem não vive somente de pão; a História não tinha mesmo pão; ela não se alimentava se não de esqueletos agitados, por uma dança macabra de autómatos. Era necessário descobrir na História uma outra parte. Essa outra coisa, essa outra parte, eram as mentalidades”.
- “A História procura especificamente ver as transformações pelas quais passaram as sociedades humanas. As transformações são a essência da História; quem olhar para trás, na História da sua própria vida, compreenderá isso facilmente. Nós mudamos constantemente; isso é válido para o indivíduo e também é válido para a sociedade. Nada permanece igual e é através do tempo que se percebe as mudanças”.
- “A História como registo consiste em três estados, tão habilmente misturados que parecem ser apenas um. O primeiro é o conjunto dos factos. O segundo é a organização dos factos para que formem um padrão coerente. E a terceira é a interpretação dos factos e do padrão”.
E para terminar…
"Não se passa pela vida sem deixar marcas. Um objecto, uma obra, um desenho, uma canção, uma carta, uma hipótese formulada… são traços da passagem do homem. Todo e qualquer vestígio do passado, de qualquer natureza, define o documento histórico. Quantas vezes, porém, não foi tentada a falsificação de documentos históricos?
Heróis fictícios, peças com atribuições alteradas de origem, tempo e uso, informações sem fontes… muitas e tantas danações dos que querem moldar a história aos seus caprichos.
Por isso existe uma ciência especial, a Heurística, só para cuidar da verificação e investigação da autenticidade das fontes históricas".
Umas lições de Heurística, de quando em vez, longe de fazer mal, só podem contribuir para “arrumar” as ideias nas mentes mais confusas.
Perante esta retórica rendo-me à clarividencia do sempre amigo M.António.
Bom Natal e um prospero Ano Novo.
Meu Caro,
Não será caso para tanto!
Rendições “jamais”, como diria o nosso Mário OtaLino…
O importante é que da partilha de ideias, e na divergência, salutar, de opiniões, se encontrem alguns consensos de modo a que todos possamos sair mais enriquecidos.
Quanto aos votos de Bom Natal que me formulou, e que eu, obviamente, agradeço desde já, permito-me, no entanto, guardar-me para mais tarde ou, se quiser, data mais próxima, para lhe retribuir com a amizade e a elegância no trato com que o Amigo agora o fez.
Meus caros amigos
Quando as pessoas são educadas e civilizadas, o que é o caso dos nossos comentadores,até dá prazer escrever na AL.
A propósito do assunto que aqui tem vindo a ser comentado, convido-vos a "clicar" aqui à direita no excelente blog "Jumento" e lerem "As nossas guerras" um artigo retirado do jornal Público e que nos ajuda a ler a nossa história e a nossa participação na 1ª GG 1914/18 e campanhas do Ultramar.
Um abraço.
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