29.11.07

Sem Mal Querer !



Ninguém a mal deve levar
Quem alhos e bugalhos não sabe discernir
Nem tampouco por inocência definir
Porque se lutou e morreu no Ultramar
.
Da verdade fica a duvidar
Da razão, do amor, do bem sentir,
E fica sem maldade a carpir
Só para se justificar
.
Mas na vida a caminhar sem canseira
Sempre houve e há-de permanecer
A certeza e a asneira
.
A última por vezes sem mal querer
Acontece quer se queira ou não queira
As coisas serão sempre o que têm de ser!
.
João M. Grazina (Jodro)
.

Devaneando: No meu poema anterior "Heróis Portugueses", alguém com zombaria mas sem maldade, interpreto assim, disse que lhe parecia saudosismo, também eu zombeteiro e por igual sem maldade, imaginei e escrevi o presente poema.

Acrescento que "Heróis Portugueses" não foi mais que prestar a minha homenagem e prova de amor, aos que lutaram e principalmente aos que morreram nessas guerras sem serem culpados que tivessem acontecido. Inocentes dignos das nossas lágrimas de tristeza, vertidas com profundo amor por eles.

"Jodro"



4 comentários:

MouTal disse...

Perdoai senhor os pobres de espírito, deles será o reino dos céus.

Um abraço para o meu amigo e poeta Jodro.

bordadagua disse...

Naquela roça grande não tem chuva
É o suor do meu rosto que rega as plantações
Naquela roça grande tem café maduro
E aquele vermelho-cereja
São gotas do meu sangue feitas seiva

O café vai ser torrado
Pisado torturado
Vai ficar negro
Negro da cor do contratado

..........................
Durante a guerra Colonial este poema era censurado!......


Com amizade do Bordadagua.

MFQ disse...

"Monangambé"
Rui Mingas

bordadagua disse...

É mesmo e vale a pena ouvir.

Tenho o poema completo se for preciso publica-se.

É lindo e triste.....

Saudações.Feliz Natal.