Não acredito no milagre da recuperação de seis pontos de atraso para o FC Porto, ou nessa nova conquista de só dependermos de nós próprios para sermos campeões. Este Benfica não me merece esse crédito. É uma equipa demasiado irregular, tímida, nervosa e irremediavelmente desrespeitada pelos seus adversários.
Depois de uma vitória “à Benfica” contra um Marítimo em superioridade numérica durante grande parte do jogo, voltámos a claudicar, primeiro em Setúbal, ainda que com várias atenuantes, depois em Paços de Ferreira, em que a vitória não esconde as extremas debilidades de uma equipa que me chegou a exasperar.
Logo no início do jogo, não consegui encaixar a atitude receosa de Camacho ao colocar em campo Nuno Assis, em vez de um avançado que complementasse a acção de Cardozo. Camacho pareceu-me apostado em anular competitivamente o nosso avançado e consegui-o.
Depois, o técnico do Benfica teve uma atitude passiva em todo o jogo, ao contrário de outras épocas em que transpirava mais no banco que muitos jogadores no relvado. Antes, Camacho tinha garra, contagiava a equipa, agora parece-me desmotivado, sem vontade de continuar. Técnica e tacticamente nunca me pareceu ir além da mediania mas tinha os adeptos e o balneário na mão. Agora já nem isso.
Vamos ver o que nos reserva o jogo de amanhã. Acredito que Camacho vá lentamente percebendo as qualidades e os defeitos dos seus atletas e seja o primeiro a dar o exemplo da vontade e do querer vencer, coisa que eu não vi em Paços de Ferreira. Muito pelo contrário.
3 comentários:
Parece-me uma reflexão muito oportuna. Mas também me parece que vai um pouco contra a corrente. Ou talvez antes de tempo.
Fica muita matéria para debate entre o pessoal benfiquista. Mas isso, no curto prazo, vai depender do jogo de amanhã ...
Celtic - SLB-: 1-0
Aquele do Benfica quase que partia mas é a perna ao outro; é pior que o tal do Petit.
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